Campanhas para melhoria da alimentação dos brasileiros: Será que estão mesmo sendo cumpridas?

Texto retirado da Anvisa em 13 de dezembro de 2011:

O Ministério da Saúde estabeleceu um acordo com a indústria alimentícia, em 13 de dezembro de 2011, para a redução de sódio em alguns alimentos. Foram selecionados os mais consumidos pelo público infanto-juvenil, que incluem: batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos (doces ou salgados).Ficou estabelecido para cada um desses alimentos o teor máximo de sódio a cada 100 gramas do alimento, conforme descrito na tabela abaixo:

Essa estratégia faz parte da campanha de redução do consumo de sal lançado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde. O objetivo é conscientizar os consumidores em reduzir o uso de sal e fazer escolhas mais saudáveis ao adquirir alimentos.

A campanha surgiu a partir de dados que constataram que a população brasileira consome, em média, 12 g/dia de sal. Este é um consumo elevado comparado com o consumo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 5g/dia. Essa preocupação se iniciou com a pesquisa realizada pela Anvisa, em 2010, que avaliou o perfil nutricional de alimentos processados. O estudo revelou, por exemplo, que o consumo de um pacote de salgadinho de milho ultrapassa a quantidade máxima de sódio recomendada por dia, além de apresentarem alta densidade energética e baixo conteúdo de fibras.

“A meta é que haja redução de 1.634 toneladas de sódio até 2014” disse o ministro Alexandre Padilha. Estarão disponíveis em supermercados folders, banners e cartazes para alertar sobre os perigos da alta ingestão de sal e de alimentos ricos em sódio. Segundo Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa, a campanha incentiva o consumo de alimentos naturais e pretende estimular o hábito de leitura dos rótulos nutricionais dos alimentos industrializados, a fim de escolher os alimentos com menor teor de sódio.

AGORA, MINHA OPINIÃO:

A ideia é excelente, mas bom mesmo seria se fosse colocada em prática. Sinceramente, não vejo nada do que foi descrito acima acontecer realmente. CADÊ OS INFORMATIVOS, ALIMENTOS SAUDÁVEIS NOS SUPERMERCADOS E PROPAGANDAS PARA O CONSUMO CONSCIENTE DE SAL/SÓDIO???? Será que a meta foi alcançada?? Creio que não!

O que vejo é que o Brasil se preocupa mesmo é com o dinheiro arrecadado pelos alimentos industrializados, não com a saúde e melhoria dos hábitos alimentares da população. Não vejo campanha, não vejo uma chamada nas emissoras de TV para a conscientização do consumo adequado de sódio. Muito pelo contrário, o que vejo são propagandas e “promoções” que incentivam as pessoas – sobretudo crianças e adolescentes – a consumirem os alimentos bombas de sódio. Se o governo fizesse campanhas REAIS que chegassem a todos, não só para a questão do sódio, mas para uma alimentação mais saudável de forma geral, aí sim teríamos um resultado positivo na saúde dos brasileiros. Mas infelizmente isso não acontece, fica só na teoria, no papel…

Triste, mas é que temos por aqui.

Acorda Brasil!! O povo tá morrendo de doenças causadas por maus hábitos alimentares. Os alimentos estão cada vez mais cheios de conservantes, agrotóxicos e aditivos químicos, considerados um veneno para a  saúde. Os alimentos saudáveis, orgânicos e sem conservantes estão muito caros, e por este motivo não chegam a mesa da maior parte da população do país.  A legislação para rótulos de alimentos do Brasil não é clara, é quase uma piada. Por que a adição de corantes, conservantes e tantos produtos químicos que COMPROVADAMENTE causam danos à saúde é permitida em quantidades cavalares nos alimentos? Por que tantos alimentos são constantemente adulterados e ninguém faz nada? De que adianta ganhar dinheiro com uma indústria alimentícia de péssima qualidade e gastar com tratamentos para  milhões de doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemias, câncer, etc??

Um país com tantas riquezas naturais, tinha tudo para incentivar a alimentação saudável. É preciso investir em alimentos saudáveis, em produções agrícolas não danosas à saúde e em campanhas REAIS para melhoria da  qualidade de vida dos brasileiros.