Arroz para todos os gostos!

Esse grão é a base das refeições de praticamente metade da população mundial. Presente em tantas culturas gastronômicas, este ingrediente, pra lá de versátil, deixou de ser acompanhamento para tornar-se protagonista de muitos pratos. Mas será que arroz é tudo igual? Confira as características dos vários tipos de arroz:

Agulhinha: este é o arroz mais consumido no Brasil. É obtido a partir da retirada da casca do grão integral. Apesar de assimilar bem o sabor dos ingredientes adicionados ao prato, o arroz não assume consistência cremosa. No dia-a-dia, é usado em função da rapidez no cozimento, textura solta e paladar agradável.

Basmati: arroz aromático de grão longo, geralmente usado em pratos indianos. É tido como um grão com qualidade superior. Considerado leve, acompanha pratos que levam condimentos como curry ou pilaf.

Jasmim: muito similar ao basmati – porém com menos goma, o arroz jasmim também é chamado de ‘thai’. De origem tailandesa, é conhecido como um dos arrozes mais agradáveis e aromáticos do mundo. O seu sabor único faz com que seja um prazer para o paladar.

Carnaroli: esta espécie, rica em amido, libera durante seu cozimento uma substância que deixa os pratos com consistência bastante cremosa. Este arroz é indicado principalmente para compor risotos. As características do grão permitem absorver o sabor dos vários ingredientes adicionados ao prato.

Arbório: assim como o carnaroli, o arroz arbório possui uma boa quantidade de amido e deixa os pratos mais cremosos, sendo bastante usado em risotos, principalmente na culinária italiana.

Vialone nano: este tipo de arroz também faz parte dos arrozes de origem italiana. O grão polido fica cremoso após o cozimento, mas, ainda assim, mantém a forma arredondada. Assim como o carnarolli e o arbório, este arroz é indicado para o preparo de risotos.

Preto ou Negro: o paladar do brasileiro, adepto ao consumo de arroz branco ainda não está muito acostumado com arrozes de outras cores. O preto tem grão escuro, curto e arredondado, textura firme, sabor exótico e aroma diferenciado. Geralmente, está presente em receitas elaboradas, como risotos, peixes de sabor acentuado, frutos do mar e carnes de caça. O arroz preto possui proteínas e fibras. É rico em compostos antioxidantes, vitaminas E do complexo B.

Selvagem: este, apesar do nome, não é bem um arroz, mas sim uma gramínea aquática típica dos Estados Unidos e Canadá. Os grãos são escuros e se destacam pelo comprimento. Utilizado em pratos sofisticados, atrai pela sua aparência, sabor e aroma marcante, que lembram o das ervas.

Cateto: este tipo de arroz também é conhecido como ‘japonês’. Com grãos curtos, curvados e um pouco transparentes, tem grande quantidade de amido e, após o preparo, tende a ficar mais macio e cremoso, se comparado com o arroz polido.

Vermelho: o arroz vermelho foi cultivado inicialmente na China e trazido ao Brasil pelos portugueses. Por ser parcialmente polido, ele retém maior número de nutrientes, a sua composição se destaca pelo alto teor de ferro e zinco. Tem sabor levemente defumado e é indicado para fazer bolinhos, saladas e para acompanhar carnes brancas, como peixe e frango.

Trinca: de grão redondo, este arroz é ideal para pudins e doces. Os grãos têm bastante amido e, por isso, aglomeram-se durante o cozimento.

Bomba: o grão é curto e redondo e absorve parte da água durante o cozimento. Este arroz é um dos mais usados na paella, prato típico da Espanha.

Parboilizado: este tipo de arroz possui elevado valor nutricional já que sofre um processo de cozimento dentro da casca, preservando os nutrientes e as fibras.

Integral: com a retirada apenas da casca, o arroz integral preserva a película e o gérmen, onde se concentram as fibras, vitaminas e minerais. As fibras ajudam no bom funcionamento do intestino e no controle do colesterol, além de aumentarem a sensação de saciedade.

Fonte: Culinária Terra11arroztipos

HIPERTENSÃO ARTERIAL: A tal “Pressão Alta”

A Hipertensão Arterial é popularmente conhecida como Pressão Alta. Na área da saúde é conhecida pela abreviação “HAS” = Hipertensão Arterial Sistêmica. Trata-se do quadro de pressão sanguínea nas artérias que ultrapassam suas medidas normais, que são 12 a 14 (máximas) e 6,5 a 9 (mínimas).

Essa enfermidade, pode ser diagnosticada em qualquer idade, decorrente não só da hereditariedade, mas principalmente em dos erros alimentares, do alcoolismo, do tabagismo, obesidade, stress, sedentarismo, etc.

A Pressão Alta pode ser causada também por intoxicação intestinal, doenças do coração, doenças renais, predisposição hereditária, arteriosclerose, gota, menopausa e sífilis.

Os principais sintomas são:

  • dor de cabeça;
  •  memória fraca;
  •  insônia;
  •  sensação de fadiga constante;
  •  zumbido nos ouvidos;
  •  vertigens;
  •  sensação de angústia;
  •  falta de ar;
  •  dificuldade em digerir os alimentos;
  •  extremidades frias;
  •  formigamento nas mãos e pés, e nos casos mais graves, hemorragias nasais e até cerebrais;
  •  paralisias parciais;
  •  insuficiência cardíaca;
  • edema pulmonar agudo e uremia.

Quais são as consequências da pressão alta?

A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao “derrame cerebral” ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por médicos.

Tratamento:

O tratamento da Hipertensão arterial é multidisciplinar e vai depender do grau em que se classifica. Consiste basicamente em alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e dependendo do caso, uso de medicamentos. O paciente hipertenso deve ser acompanhado por nutricionista, médico e educador físico.

A prática de exercícios físicos é muito útil na recuperação do paciente, mas somente pode ser iniciada após rigorosa avaliação médica e depois, orientada por profissionais da área de educação física e fisioterapeutas.

Como a alimentação pode ajudar a controlar a pressão arterial?

Recomenda-se evitar o excesso do consumo de carnes vermelhas, frituras, queijos, manteiga, açúcares e farinhas. Evitar ao máximo ou suspender o consumo de sal refinado, café, chás ricos em cafeína (chá-mate, chá preto, chá verde, chá branco), refrigerantes, álcool, temperos prontos, defumados (presunto, salame, salsicha, linguiça) condimentos irritantes e alimentos prontos com muito sódio como sopas, miojo, sanduíches, salgadinhos, nugget´s, etc.

Por outro lado, recomenda-se adotar alimentação natural e simples, composta de verduras, legumes, frutas frescas, cereais integrais e gorduras saudáveis. Tais nutrientes tem ação alcalinizante, diurética, antioxidante e depurativa do sangue.

O que não pode faltar no cardápio de um hipertenso: Alho, cebola, salsinha, açafrão, pepino, chuchu, berinjela, beterraba, maçã, limão, maracujá, romã, chás (erva cidreira, erva doce, camomila, hibisco, boldo), peixes, semente de gergelim, chia, linhaça, castanhas, amêndoas, girassol, nozes, azeite extra-virgem, aveia, amaranto, quinoa e alimentos integrais.

Para temperar os alimentos, use apenas sal marinho não refinado, ou sal rosa do Himalaia, azeite de oliva extra-virgem, temperos naturais como alho, cebola, e milhares de outros 100% naturais, que dão sabor delicioso (orégano, manjericão, tomilho, erva doce, salsinha, cebolinha, salsa, açafrão, curry, coentro, cominho, etc)

Obs. Este conteúdo não substitui uma consulta nutricional, considerando que o tratamento é individual, elaborado de acordo com as necessidades de cada paciente.

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Referências:

1- MION JR., Decio et al . IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.Arq.Bras. Cardiol., São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2004001000001&lng=en&nrm=iso>.

2- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília; 2006. Disponívelem:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica15.pdf>.
3- National Heart Lung and Blood Institute. National Institutes of Health.TheSeventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection,Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure -Complete Report.Disponível em: <http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/hypertension/>
4- SALVETTI, Antônio; GHIADONI, Lorenzo. Guidelines for Antihypertensive Treatment: An Update after the ALLHAT Study. J Am Soc Nephrol. 2004Jan;15 Suppl 1:S51-4. Disponível em: <http://jasn.asnjournals.org/cgi/content/full/15/1_suppl/S51>.